segunda-feira, 15 de outubro de 2012
<b>Quem ama educa...
Ao olhar um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora. Mal sabemos que ai está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar - destino - para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos. Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos. Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas. E haverá muita gente no porto feliz à sua espera. Assim são os filhos. Estes têm nos pais o seu porto seguro até que se tornem independentes. Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras. Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas, a principal provisão, além, das materiais, estará no interior de cada um:
A capacidade de ser feliz.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém. O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas, ele não foi feito para permanecer ali. Os pais, também, pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas, não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo este porto para outros seres. Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas, deve estar consciente de que na bagagem devem levar valores herdados como:
humildade, humanidade, honestidade, disciplina, gratidão e generosidade.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar cidadãos do mundo. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem ser felizes por eles. A felicidade consiste em ter um ideal a buscar e ter a certeza de estar dando passos firmes no caminho da busca. Os pais não devem seguir os passos dos filho e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram. Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partirem para as próprias Conquistas e aventuras. Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:
“Quem ama educa”
“Como é difícil soltar as amarras”
IÇAMI TIBA
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